Isso significa que para
falar de perdão no NT, foram utilizados termos com os significados
acima descritos. Podemos concluir que perdoar traz o sentido de
“Soltar/ Cancelar/ entre outros....”
O povo de Israel,
aprendeu o conceito do perdão divino através dos rituais e
sacrifícios, por isso os termos associados a perdão estão quase
todos na Lei.
Daí a razão de alguns
termos presentes nos rituais do AT, serem até hoje associados à
perdão como por exemplo: Lavar – Purificar - Cobrir
No entanto os sacrifícios
não eram suficientes para inocentar ou justificar o pecador.
Por isso o pecado era
castigado, e o pecador não era tido como inocente.
Hebreus 9 e 10 -
Salmo 99.8 - Ex 34.7
Deus vem na direção do
homem para remi-lo, e por meio de Cristo perdoa e justifica todo
aquele que crê.
Em Cristo temos a remissão dos pecados: Cl 1.13,14 , Ef 1.7 , Hb 10.10-12
Em Cristo temos a remissão dos pecados: Cl 1.13,14 , Ef 1.7 , Hb 10.10-12
É o cancelamento da
dívida (Cl 2.13-14)
É o esquecimento do
pecado (jamais me lembrarei) Hb 8.12 e Hb 10.17,18
Esta era a mensagem que
os apóstolos tinham que anunciar:
Em Cristo há perdão:
Lc 24.47 – Atos 10.42-43 - Atos 13.38 (REMISSÃO)
E assim como Cristo
nos perdoou, nos redimiu, cancelou a nossa dívida, nós recebemos o
mandamento divino “Perdoar como fomos perdoados” “Perdoar como
Cristo nos perdoou”
Ef 4.32 / Cl 3.13 /Mc
11.25
Perdoar não é um ato
que nos faz merecedores do perdão de Deus, mas uma consequência da
nova vida recebida em Cristo Jesus, que nos faz caminhar em amor. E o
ato de perdoar se torna um ato natural da gratidão do pecador que
foi perdoado.
Jesus de forma clara nos
ensinou sobre isso = Mateus 18.23-35 (credor incompassivo) =
Parábola que está no contexto do ensino sobre perdão
(relacionamentos humanos)
A palavra no grego
(basanistai) usada somente aqui (torturadores) = vem da palavra
“basanizo” – usada para descrever doenças (Mt 4.24 e 8.6)
Paulo ao tratar do
perdão, não usa mais termos relacionados apenas a remissão dos
pecados e culpas, mas inclui a “libertação do poder do pecado”
A restauração da
comunhão é apresentada por ele na doutrina da justificação.
(Romanos)
É a reconciliação do
homem com Deus por meio de Cristo Jesus – Rm 5 - 2 Co 5.18.21
Mas porque temos
tanta dificuldade em perdoar?
No Antigo Testamento, a
questão do pecado e perdão era algo centrado na Lei.
Se alguém desobedecesse
a Lei, pecava, e então deveria cumprir os procedimentos instituídos
para remissão do pecado. É tudo
muito prático. O pecado é castigado! Os conflitos
não são administrados emocionalmente. Há
um certo “direito” de se fazer justiça conforme a Lei.
O
mundo do Novo Testamento é muito diferente do Antigo Testamento,
através das cartas de Paulo podemos perceber uma atenção maior as
questões humanas e aos relacionamentos humanos. Por isso tantas
recomendações existem nas cartas dos apóstolos acerca dos
relacionamento.
Hoje, somos
mais emotivos, as questões da alma e dos sentimentos são muito mais
intensas.
Nos “magoamos” muito
mais, ficamos “ressentidos” por muito mais tempo, e valorizamos o
emocional nos conflitos humanos.
Por isso o perdão é
visto muito mais pelo lado emocional do que pelo lado prático da
razão e do entendimento de que é uma resposta ao fato de termos
sido perdoados. “se não sinto, não perdoo”
Em Cristo está nossa
razão para perdoar!
PERDOAMOS PORQUE FOMOS
PERDOADOS, E O NOSSO PECADO É INFINITAMENTE MAIOR DO QUE QUALQUER
PECADO QUE ALGUÉM COMETA CONTRA NÓS.
PERDOAMOS PORQUE CRISTO NOS PERDOOU.
ALGUMAS
“JUSTIFICATIVAS” PARA NÃO SE PERDOAR:
- O perdão parece um “benefício” ou um “favor” ao outro.
- Não perdoar, parece ser uma “proteção” contra novas ofensas
- Se perdoar, terei que conviver com a pessoa da mesma maneira, e tudo terá que ser como se nada tivesse acontecido.
- Se perdoar estarei recompensando um erro.
- Não perdoar, é uma punição, pois a pessoa precisa sofrer.
- Não “sinto” vontade de perdoar, pois estou sentindo raiva e mágoa
PARA PENSAR:
-Os sentimentos nunca devem guiar nossa
iniciativa em perdoar, “nunca sentiremos” vontade de perdoar
quando estamos com raiva ou magoados.
-A disposição em perdoar deve vir da
certeza de que perdoar é um mandamento divino, e que deve ser feito
porque Jesus nos perdoou primeiro.
-Precisamos olhar para nós, nos
observar e refletir sobre nossa postura.
-Temos dificuldade em controlar ou
administrar sentimentos, mas temos poder sobre os nossos pensamentos.
E é justamente através dos nossos pensamentos que vamos trabalhar
os nossos sentimentos. Afetamos os sentimentos através dos
pensamentos!
-Saber que perdoar, não significa agir
como se nada tivesse acontecido. Talvez será preciso viver um novo
caminho.
-Saber que relacionamentos se constroem, e relacionamentos
quebrados, levarão tempo para se reconstruir.
CONSELHOS BÍBLICOS
PARA NOS AJUDAR A REFLETIR ANTES E DEPOIS DE PERDOAR.
-TRATAR DIRETAMENTE COM O
OFENSOR = Pv 3.30; 25.9
-SABEDORIA NO MODO DE
FALAR = Pv 15.1,2,4,23,28
-DESCRIÇÃO – SE CALAR
= Pv 11.13; 17.9
-TER PACIÊNCIA = Pv
18.19
-NÃO BUSCAR VINGANÇA –
Pv 20.22; 24.29; 25.21,22; Rm 12.17,19
-GESTOS AGRADÁVEIS = Pv
21.14
-SE POSSÍVEL, TENDE PAZ
= Rm 12.18
-EVITAR OU SE AFASTAR
DAQUELES QUE MANTEM A CONTENDA, NÃO PERDOAM OU PERSISTEM NO CAMINHO
DA MALDADE
Mt 18.15.17
II Ts 3.6
II Tm 3.1-5
Tito 3.10,11
Rosiléia Dias Araujo
Escola Dominical- 2018
Rosiléia Dias Araujo
Escola Dominical- 2018
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