DOUTRINAS METODISTAS 7 - Missa, Celibato, Ritos, Deveres Civis, Bens e Juramentos

20 – DA OBLAÇÃO ÚNICA DE CRISTO SOBRE A CRUZ
A oblação de Cristo, feita uma só vez, é a perfeita redenção, propiciação e satisfação por todos os pecados de todo o mundo, tanto o original como os atuais, e não há nenhuma outra satisfação pelo pecado, senão essa. Portanto, o sacrifício da missa, no qual se diz geralmente que o sacerdote oferece a Cristo em expiação de pecados pelos vivos e defuntos é fábula blasfema e engano perigoso.

Oblação (corbã) = uma oferta feita a Deus - Lv 2.1 - / Corbã (Mc 7.11)

O SIGNIFICADO DO SACRIFÍCIO DA MISSA - docs católicos
sacrifício da missa ( http://permanencia.org.br/drupal/node/2467 )
-Para a Igreja católica o sacrifício da missa é o mesmo sacrifício de Cristo na Cruz, o pão e o vinho substituem o corpo de Cristo.
http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=documentos&subsecao=catecismo&artigo=a_santa_missa&lang=bra
  1. Que é, então, a Santa Missa?A Santa Missa é a renovação do sacrifício que Jesus Cristo fez no Calvário. Entretanto, o sacrifício do Calvário foi feito por Jesus Cristo de forma cruenta, isto é, com derramamento de sangue, ao passo que na Santa Missa esse mesmo sacrifício é renovado por Jesus Cristo de forma incruenta, isto é, sem derramamento de sangue. Na Santa Missa Nosso Senhor Jesus Cristo se imola novamente para nossa salvação, como Ele fizera no Calvário, embora na Santa Missa seja sem sofrimento físico.
  2. Então o Sacrificio da Missa é o mesmo que o da Cruz?Sim, o Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes, seus ministros, sobre os nossos altares. Mas quanto ao modo como é oferecido, o sacrifício da Missa difere do da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele.
  3. Que diferença, pois, e que relação há entre o Sacrificio da Missa e o da Cruz?Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos de sua Paixão e Morte.


CRISTO MORREU UM ÚNICA VEZ POR NOSSOS PECADOS:
I Pd 3.18 - Pois Cristo também foi sacrificado uma única vez por nossos pecados...
Hebreus 7:26-27 - Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus; que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo.
Hebreus 10:10 - Por que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.
Hebreus 10:12 - Mas ele, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus
Hebreus 10:14 - Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.”


Considerações sobre o termo “hóstia http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/219.htm

A palavra "Hóstia" vem do latim. Em latim, "hóstia" é praticamente sinônimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de "hóstia".Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de "hóstia".
Ligada à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil" (agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar, ameaçar).
E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".
Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra "hóstia", exatamente para referir-se à maior "vítima" fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado. Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico. 



21 – DO CASAMENTO DOS MINISTROS
Os ministros de Cristo não são obrigados pela lei de Deus, quer a fazer voto de celibato, quer a abster-se do casamento; portanto, é tão lícito, a eles como aos demais cristãos, o casarem-se à sua vontade, segundo julgarem melhor à prática da piedade.


CONSIDERAÇÕES SOBRE O CELIBATO – docs católicos

Cristo nos é mostrado aqui no mesmo sentido de Ef 5, 23-32, como Esposo da Igreja, assim como ela é a única Esposa de Cristo. Em ligação com outros textos das Escrituras, nesta passagem da Exortação se contempla a profunda e misteriosa união entre Cristo e a Igreja, que é colocado imediatamente em relação com o sacerdote: “O sacerdote está chamado a ser uma imagem viva de Jesus Cristo, Esposo da Igreja… Está chamado, portanto, a reviver na sua vida espiritual o amor de Cristo Esposo pela Igreja Esposa.” Não lhe falta, por isso, ao sacerdote um amor esponsal, pois tem a Igreja como esposa. “Sua vida deve também estar iluminada e orientada por esta relação esponsal, que lhe pede ser testemunho do amor esponsal de Cristo, ser capaz de amar as pessoas com um coração novo, grande e puro, com autêntico desapego de si, com plena dedicação, contínua e fiel e, ao mesmo tempo, com uma forma especial de zelo (cf. 2 Cor 11, 2), com uma ternura que se reveste também com acentos do amor maternal, capaz de tomar a cargo das ‘dores de parto’ para que ‘Cristo’ seja formado nos fiéis (cf. Gal 4, 19)”.... “Com a caridade pastoral, que converte o exercício do ministério sacerdotal , o sacerdote que recebe sua vocação ao ministério está em condições de fazer disso uma escolha de amor, pela qual a Igreja e as almas se tornam seu principal interesse”.

Textos Bíblicos que mostram o casamento de bispos na Igreja

I Tm 3.1-4 e Tt 1.6


22 – DOS RITOS E CERIMÔNIAS DA IGREJA
Não é necessário que os ritos e cerimônias das Igrejas sejam em todos os lugares iguais e exatamente os mesmos, porque sempre têm sido diferentes e podem mudar conforme a diversidade dos países, tempos e costumes dos homens, contanto que nada seja estabelecido contra a Palavra de Deus. Entretanto, todo aquele que, voluntária, aberta e propositadamente quebrar os ritos e cerimônias da Igreja a que pertença, os quais, não sendo repugnantes à Palavra de Deus, são ordenados e aprovados pela autoridade competente, deve abertamente ser repreendido como ofensor da ordem comum da Igreja e da consciência dos irmãos fracos, para que os outros temam fazer o mesmo. Toda e qualquer Igreja pode estabelecer, mudar ou abolir ritos e cerimônias, contanto que isso se faça para edificação.

RITO = Conjunto de regras e normas, por exemplo: Rito do Batismo ( Deve ser feito com água, pelos pastores e pastoras, em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo)
RITUAL = Forma como se processa o Rito, por exemplo a forma como será realizado o Batismo (ordem, falas, testemunhos, cânticos, etc...)



23 – DOS DEVERES CIVIS DOS CRISTÃOS
É dever dos cristãos, especialmente dos ministros de Cristo, sujeitarem-se à autoridade suprema do país onde residam e empregarem todos os meios louváveis para inculcar obediência aos poderes legitimamente constituídos. Espera-se, portanto, que os ministros e membros da Igreja se portem como cidadãos moderados e pacíficos.

Submissão as autoridades
Rm 13.1-7
I Pd 2.13-17


24 – DOS BENS DOS CRISTÃOS
As riquezas e os bens dos cristãos não são comuns, quanto ao direito, título e posse dos mesmos, como falsamente apregoam alguns; não obstante, cada um deve dar liberalmente, do que possui, aos pobres.

Conselho aos ricos:
I Tm 6.17-19


25 – DO JURAMENTO DO CRISTÃO
Assim como confessamos que é proibido aos cristãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e por Tiago, seu apóstolo, o jurar em vão e precipitadamente, assim também julgamos que a religião cristã não proíbe o juramento quando um magistrado o requer em causa de fé e caridade, contanto que se faça segundo o ensino do profeta, em justiça, juízo e verdade.


Considerações sobre Juramento

Mateus 5.33-37 -- O JURAMENTO NA VIDA CRISTÃ

O povo judeu possuía uma formação muito rigorosa com respeito ao juramento. Isto vinha dos tempos de Moisés, quando instituía a Lei para os judeus citando por diversas vezes as restrições com respeito ao jurar usando o nome de Deus.

É interessante verificar que esses cuidados eram de tal ordem que, em cada um dos livros do Pentateuco, exceto o Gênesis, onde ele funcionou apenas como escriba, isto é, em Êxodo 20.7, em Levítico 19.12, em Números 30.2 e em Deuteronômio, duas vezes, 5.11 e 23.23, ele faz menção ao juramento como algo que podia ser feito em nome de Deus, desde que fosse depois cumprido na íntegra.
Davi dá outro realce ao cuidado com o juramento quando em um de seus salmos, aquele que alude ao "verdadeiro cidadão dos céus", chega a mencionar que o perfil desse cidadão é de alguém que, "mesmo que jure com dano seu, não muda" (Sl 15.4b).

Vem Cristo agora e vai mudar tudo isto. É o terceiro antagonismo que ele traz entre a sua Graça e a Lei de Moisés:

"Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que de maneira renhuma jureis..." Mt 5.33,34
Sim, o judeu passou a banalizar o juramento.
Jurava por qualquer coisa, especialmente pelas mínimas, o que não lhe exigiria sacrifício algum em cumpri-las, fazendo-o apenas para mostrar-se como um cidadão respeitável e temente a Deus. Vem o Senhor Jesus e diz: Nada disto!
Nenhum compromisso terreno é digno de ser garantido pelos valores espirituais e eternos. O cristão tenha sua palavra garantida e dignificada por seu caráter e integridade. Ele não precisa de artifícios outros para demonstrar que, em seu viver, o seu falar é "sim, sim; não, não", sem a necessidade de juramentos, pois aquilo que ele fala ele cumpre!




Os juramentos - Os Juramentos e os antigos
"Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente com o Senhor os teus juramentos" (Mt 5:33)
A prática de fazer juramentos vem dos tempos mais remotos (Gn 14:22,23). Essa foi a maneira encontrada de garantir a palavra do homem (Hb 6:16). O uso de juramentos era feito na confirmação de pactos (Gn 26:28; 1 Sm 20:16,17), em decisões nos tribunais (Êx 22:10,11), na obrigação de realizar os deveres sagrados (Nm 30:2; 2 Cr 15:14,15; Ne 10:29; Sl 132:1-5), e em muitas outras circunstâncias.

1. Os juramentos não foram ordenados, mas permitido
Mesmo não sendo diretamente ordenados, os juramentos eram permitidos, responsabilizando assim quem deles se utilizava (Gn 24:2,3,9; 28:20-22; Nm 30:2; Dt 23:21; 2 Cr 6:22,23; Ed 10:5; Ne 5:12; Jr 4:2).

2. Os juramentos muitas vezes eram precipitados
"Devemos pensar bem antes de prometer alguma coisa a Deus, pois nós poderemos se arrepender depois" (Pv 20:25 - BLH).
A Bíblia mostra vários exemplos de pessoas que se precipitaram em seus juramentos, comoEsaú (Gn 25:33), Josué (Js 9:15,16), Jefté (Jz 11:30-36), Saul (1 Sm 14:27,44), Herodes (Mt 14:7-9), e os judeus que queriam matar Paulo (At 23:21)

3. Os juramentos exigiam cumprimento
Ninguém era obrigado a jurar ou fazer votos, mas se obrigava a cumprir quando os fazia (Dt 23:21-23; Sl 50:14; 61:8; 66:13,14; Ec 5:4-6; Ez 17:11-21). Usar nos juramentos expressões como "Juro pelo Senhor" (2 Sm 19:7), "Tão certo como vive Deus" (2 Sm 2:27), "tomo a Deus por testemunha" (2 Co 1:23), e depois deixar de cumprir o voto, era questionar a realidade da própria existência de Deus.
O Antigo Testamento empregava o juramento para combater a mentira; mas isso não impedia de que ela se infiltrasse pela prática do perjúrio.
II - Os juramentos e Jesus
"Eu, porem, vos digo: De modo algum jureis" (Mt 5:34)No Sermão do Monte, Jesus condena os juramentos falsos ou perjúrios (Êx 20:7; Lv 19:12) e a distorção farisaica de querer limitar o cumprimento dos votos. Diziam que apenas os juramentos que incluíam o nome de Deus se tornavam obrigatórios. Jesus disse que não há como evitar referência a Deus, mesmo que não se mencione diretamente Seu nome (Mt 5:34-36; 23:16-22). Ao contrário de contradizer o ensino do Antigo Testamento, Ele apresenta um modelo mais excelente para o cristão.
Se um juramento exige toda a verdade naquilo que se fala, isso pressupõe que na conversação diária há bastante mentira. Jesus ensina que não apenas aquilo que se diz sob juramento, mas certamente a totalidade do que falamos é proferida na presença do Deus que tudo conhece.
III - Os juramentos e o Cristão
"Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar, vem do maligno" (Mt 5: 37)
O que Jesus nos pede nesse versículo é que nossa palavra seja sincera e normal, pois todo e qualquer exagero já constitui uma mentira. Devemos falar sempre como quem vive na presença de Deus, tendo em Jesus o exemplo de quem falou sempre a verdade ( 1Pe 2:22).


O cristão não deve recorrer a juramentos para receber credibilidade, mas deve ter uma palavra tão confiável como se fosse um juramento. O que passar do sim, sim e do não, não, será produto da maldade de nossa natureza caída, como também influência do maligno, que é "o pai da mentira" (Jo 8:44).Jesus nos ensina que a qualidade de vida do cristão deve exceder em muito a dos religiosos fariseus. Essa diferença, entre outras coisas, se manifesta naquilo que falamos, mostrando assim que a mudança é de dentro para fora. Ele mesmo disse: "A boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12:34). Tudo o que falamos deve ser verdadeiro e confiável, refletindo tão somente o sentido daquilo que se quer dizer. Para isso, não se faz necessário jurar para autenticar a palavra dita, pois o caráter do cristão dispensa tal recurso.

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